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Direito 4.0 : Você acredita mesmo nisso?

É comum ouvirmos falar do direito 4.0, 5.0, e em breve chegaremos ao direito 100.0. Muito se transforma, mas pouco se muda realmente.

Como em qualquer mercado, existem as inovações incrementais e as disruptivas. Enquanto as primeiras mudam e melhoram processos já estabelecidos, as segundas propõem uma nova forma de se enxergar o todo. 

Já imaginou a diferença de uma inovação entre a ideia de um aplicativo para chamar táxi de forma mais fácil e a de um aplicativo que permite que qualquer cidadão possa ser motorista e ganhar sua vida com isso?

No mercado jurídico, crescem as discussões sobre, por exemplo, visual law, jurimetria e I.A. para captura de dados e documentos processuais. Todas estas tecnologias e inovações que otimizam rotinas, mas não resolvem o principal: a judicialização desnecessária de conflitos interpessoais.

Em um português mais claro, a grande maioria das novas ferramentas tecnológicas jurídicas tem como premissa a existência de processos judiciais ajuizados, quando na verdade, as empresas, ao menos aquelas com uma mínima visão mais evoluída, querem reduzir sua linha de custos jurídicos, se possível, com a erradicação destes conflitos judicializados. Essa é a verdadeira mudança disruptiva que muitos não enxergam.

Nas escolas universitárias jurídicas, os alunos aprendem como serem ótimos litigantes em um país com o maior índice de processos per capita do mundo. Mudar de verdade, seria ensinar não só como ganhar, mas também como evitar um processo. Através de tecnologia e análise de dados, entender as causas raízes que levam empresas a gastarem milhões não só com condenações, mas também com altos custos para gestão e condução de grandes carteiras de processos.

O processo judicial nada mais é do que um conflito que não se resolveu na sua origem. Quando um processo é ajuizado, significa que alguma pessoa, empresa ou mesmo a sociedade falhou. Não fomos capazes de entender e ter empatia pelo outro. Não fomos eficazes em cumprir, em última análise, o papel que nos cabia em determinada situação de relacionamento com outrem.

Propor uma transformação das relações jurídicas, olhando esse universo por outro prisma, significa não melhorar incrementalmente o status quo do nosso mercado jurídico atual e sim trabalhar em ferramentas tecnológicas e planejamentos que analisem e corrijam fatos geradores de conflitos não resolvidos em sua essência.

Este novo olhar sobre o direito poderia, sim, mudar a forma como nos relacionamos enquanto sociedade, tendo a capacidade, enfim, de trazer ares novos e disruptivos para um ambiente já cansado de supostas revoluções tecnológicas que impactam pifiamente as nossas vidas. 


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