Durante anos, a cultura hierárquica vertical predominou nos ambientes corporativos. Organogramas bem estruturados, em uma extensa linha de comando e controle, davam o tom que regia toda a rotina das mais variadas empresas.
Exaustivas reuniões que levavam a importantes decisões, precisavam ser repassadas por todas as camadas hierárquicas para que pudessem então chegar na mão dos operadores, que por sua vez precisavam executá-las, para só então avaliá-las e confirmá-las. Contudo, se a estratégia parecesse ruim, lá ia a informação percorrer de novo todo o caminho de volta, em um verdadeiro leva e traz improdutivo.
Nesta mesma época, profissionais eram vistos e se comportavam como peças de uma grande engrenagem, em um ambiente lógico e previsível. Vivíamos num mundo mecânico e cartesiano.
Com a evolução tecnológica dos últimos anos e consequente velocidade com que a informação circula e que negócios são criados, mas especificamente após o surgimento de organizações voltadas para a exponencialização, profissionais e empresas começam a se comportar como organismos vivos, em um cenário dinâmico, que muda a toda hora.
Este dinamismo, por sua vez, demanda uma nova postura das lideranças: reconhecer a importância da interdependência, criar pontes para o diálogo, ouvir e estimular ambientes colaborativos, onde todos possam, coletivamente, contribuir para a solução de problemas e a tomada de decisões.
As antigas organizações verticais começam a dar espaço para empresas horizontalizadas, com células multidisciplinares específicas, as quais, por possuírem habilidades complementares, conseguem chegar em decisões de forma mais assertiva e eficiente. Testar e aprender rápido com o erro tornou tudo mais fácil e menos custoso.
Como dizia José Eustáquio, “Sem eu’s nunca existirá o nós”. Observadas as individualidades e a riqueza das relações mais próximas e fluídas entre pessoas, as empresas tendem a se comunicar melhor e, por consequência, atingir melhores e mais disruptivos resultados.
